Ella Lei quer saber qual está a ser a aplicação prática dos postes de iluminação inteligentes colocados em Macau pela CEM. Numa interpelação escrita, a deputada questiona os dados obtidos após ter sido instalada a iluminação pública inteligente em algumas artérias da cidade, em 2019.
A deputada Ella Lei quer detalhes sobre os resultados práticos do sistema inteligente de iluminação pública, que começou a ser testado em Macau em 2019. Numa interpelação escrita, Ella Lei questiona o Governo sobre os dados obtidos a partir deste sistema e qual tem sido a aplicação prática.
Segundo explica a CEM na sua página electrónica, o sistema de iluminação pública inteligente não só examina o consumo de energia, como também recolhe dados em tempo real sobre a cidade, como, por exemplo, tráfego em tempo-real, dados de monitorização, qualidade do ar, monitorização da temperatura, e assim por diante, “fornecendo desta forma dados importantes para a cidade”.
“A iluminação pública inteligente pode monitorizar e gerir em geral a qualidade ambiental da cidade, a segurança de zonas públicas, bem como publicitar mensagens instantâneas de forma a melhorar o nível de desenvolvimento da nova cidade inteligente e, ao mesmo tempo, dar apoio para a construção de uma rede perceptiva”, explica a CEM.
Em meados de 2019, foi instalada iluminação pública inteligente na Rua D. Belchior Carneiro, Avenida da Saúde no Campus da Universidade de Macau em Hengqin e Avenida da Amizade. Cada iluminação pública é multifuncional, com equipamentos como lâmpadas LED, sensores ambientais, WIFI, sensores para monitorização da circulação de pessoas, fluxo do tráfego e dispositivo de monitorização de velocidade, câmaras, estação micro base de 4G/5G para comunicações, monitor de visualização de informações ao público, ecrã interactivo de informação turística e mini-altifalante para informação ao público, etc.
Na interpelação, Ella Lei começa por salientar que a iluminação pública inteligente “tem-se tornado cada vez mais popular entre os residentes e uma componente importante da cidade inteligente”. Porém, a deputada ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) pergunta qual tem sido a eficácia deste sistema em Macau e quais os planos para a utilização dos resultados obtidos.
A deputada eleita pela via directa aborda também a questão da privacidade. “A crescente popularidade da tecnologia inteligente é de facto propícia ao desenvolvimento urbano e à melhoria da vida dos residentes, mas tem de ser encontrado um equilíbrio em termos de privacidade”, alerta. Assim, Ella Lei questiona: “Que considerações e orientações foram tomadas pelas autoridades em relação à localização, operação e manutenção da iluminação pública inteligente, no que toca à configuração e selecção de sensores, ao limite da recolha de dados, à autorização e partilha de dados, ao armazenamento, etc.?”.
No site da CEM, a empresa diz que, “durante os testes, a instalação, activação e teste de equipamentos sensíveis só foram efectuados após a obtenção da aprovação da autoridade competente, de modo a cumprir com as normas e disposições referentes à Lei de Protecção de Dados Pessoais de Macau”.
PONTO FINAL