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      Início Internacional Kiev rejeita responsabilidade por explosões em base aérea na Crimeia

      Kiev rejeita responsabilidade por explosões em base aérea na Crimeia

      A Ucrânia rejeitou ontem qualquer responsabilidade pelas explosões ocorridas na terça-feira numa base aérea russa na Crimeia, a península ucraniana anexada pela Rússia em 2014, que provocaram um morto e 13 feridos.

       

      “Claro que não temos nada a ver com isso”, disse o conselheiro presidencial ucraniano Mikhail Podolyak, citado pela agência espanhola EFE. Podolyak disse que as explosões podem ter tido várias causas, desde uma detonação acidental de munições, como alegou o Ministério da Defesa russo, até ao resultado de uma “gestão ineficiente das forças armadas da Federação Russa”.

      Contudo, quando interrogado pelos jornalistas, o conselheiro do Presidente Volodymyr Zelensky não excluiu a possibilidade de uma acção por parte de civis que querem a libertação da Crimeia. “Claro que as pessoas que viveram a ocupação compreendem que os tempos da ocupação estão a chegar ao fim e precisam de mostrar a sua posição. A recuperação da Crimeia é algo que tem de acontecer”, disse Podolyak.

      O jornal norte-americano The New York Times noticiou ontem que as explosões na base aérea na Crimeia podem ter resultado de uma ação de civis dos territórios ocupados pela Rússia que apoiam as autoridades de Kiev. “Para atingir alvos bem atrás das linhas inimigas, acredita-se que os militares ucranianos estão a contar com os residentes dos territórios ocupados pela Rússia que são leais à Ucrânia”, escreve o jornal.

      Na sua habitual mensagem diária por vídeo, Zelensky defendeu, na terça-feira à noite, que a guerra na Ucrânia não começou em 24 de Fevereiro deste ano, com a invasão do país pela Rússia, mas com a ocupação da Crimeia em 2014. “Esta guerra russa contra a Ucrânia e contra toda a Europa livre começou com a Crimeia e deve terminar com a Crimeia – a sua libertação”, afirmou Zelensky.

      As autoridades pró-russas da Crimeia actualizaram ontem o balanço de vítimas das explosões, elevando o número de feridos de cinco para 13, mantendo-se o registo de um morto. “Segundo os dados desta manhã, 13 pessoas ficaram feridas e uma morreu em consequência do incidente na aldeia de Novofedorovka, na região de Saki”, anunciou o Ministério da Saúde da Crimeia numa declaração citada pela EFE.

      O Ministério da Defesa russo, num comunicado divulgado na terça-feira, atribuiu as explosões no aeródromo militar da Crimeia a um acidente. “Não houve qualquer ataque à área de armazenamento de munições”, disse o Ministério da Defesa da Rússia.

      Ao lançar a ofensiva em 24 de Fevereiro, a Rússia disse que pretendia “desmilitarizar e desnazificar” a Ucrânia, e que estava a responder a pedidos de ajuda das populações russófonas do Donbass, no leste do país vizinho. Desconhece-se o número de baixas civis e militares da guerra na Ucrânia, que entra hoje no 169.º dia, embora diversas fontes, incluindo a ONU, admitam que será elevado.

       

      G7 ACUSA RÚSSIA DE “PÔR EM PERIGO” REGIÃO DE ZAPORIJIA E PEDE QUE RETIRE TROPAS

       

      O grupo dos países mais industrializados (G7) acusou ontem Moscovo de “pôr em perigo” a região ucraniana em torno da central nuclear de Zaporijia, ocupada por forças russas, e exigiu que as tropas deixem a infraestrutura.

      “Exigimos que a Rússia devolva imediatamente ao seu legítimo proprietário, a Ucrânia, o controlo total da central nuclear de Zaporijia”, refere o G7 num comunicado emitido pela Alemanha, que detém atualmente a presidência do grupo. “É o controlo da Rússia sobre a central que coloca a região em risco”, acusou o G7, sublinhando que “o pessoal ucraniano que opera a central nuclear de Zaporijia deve poder desempenhar as suas funções sem ser ameaçado ou pressionado”.

      O G7 – composto pelos Estados Unidos, Reino Unido, Canadá, Japão, Alemanha, França e Itália – fez este apelo num momento em que aumentam as tensões e preocupações sobre a maior central nuclear da Europa. O grupo das sete potências mostrou-se “profundamente preocupado com a grave ameaça” que os militares russos representam para a “segurança” das instalações nucleares da Ucrânia.

      A ocupação destas infraestruturas pelas tropas de Moscovo “aumenta significativamente o risco de um acidente nuclear ou incidente” e “põe em perigo a população da Ucrânia, dos Estados vizinhos e da comunidade internacional”, lê-se no comunicado.

      Desde o início da invasão russa da Ucrânia, a 24 de Fevereiro, as centrais nucleares do país, infraestruturas determinantes e por isso visadas pelo exército russo, têm sido uma das grandes preocupações em termos de segurança europeia.

      A central nuclear de Zaporijia, no Sudeste na Ucrânia, tem motivado acusações mútuas entre Moscovo e Kiev, cada um afirmando que o lado opositor bombardeou as instalações nucleares na semana passada, sem que nenhuma fonte independente pudesse confirmar.

      O Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, levantou o espetro de um desastre nuclear como aconteceu em Chernobyl em 1986. Na terça-feira à noite, o operador ucraniano, Energoatom, alegou que as forças russas estavam a preparar a ligação da central à Crimeia, uma península ucraniana anexada por Moscovo em 2014, e estavam a danificá-la ao realizar esta reorientação da produção de eletricidade.

       

      CAIXA

       

      Bombardeamentos russos causam pelo menos 11 mortos em Dnipro

       

      Pelo menos 11 pessoas morreram e outras 13 ficaram feridas por bombardeamentos russos no distrito ucraniano de Nikopol, na região de Dnipro, no sul do país. “O inimigo atingiu o distrito duas vezes com o Grad MLRS [sistema de lançamento múltiplo de mísseis], disparando 80 mísseis contra bairros residenciais”, disse ontem Valentyn Reznichenko, chefe da Administração Militar Regional de Dnipro. Os russos “lançaram um ataque deliberado e insidioso enquanto as pessoas dormiam em suas casas. As comunidades de Marhanets e Myrove foram atacadas”, disse o responsável na plataforma Telegram. Em Marhanets, dez pessoas morreram e outras 11 ficaram feridas. Dez moradores foram hospitalizados, sendo que sete estão em estado grave. Mais de 20 blocos de apartamentos, um centro de serviços administrativos, o palácio da cultura, duas escolas, o edifício da Câmara Municipal e várias outras instalações administrativas foram danificados, disse Reznichenko. Uma linha de transmissão elétrica foi afetada, deixando vários milhares de moradores de Marhanets sem energia. Equipas de emergência e eletricistas estão a realizar reparações, acrescentou o responsável. “Uma mulher foi morta em Vyshchetarasivka, na comunidade de Myrove. A sua casa foi completamente destruída por um projétil inimigo”, disse Reznichenko. Nesta área, um casal ficou ferido, enquanto 11 casas particulares e gasodutos foram danificados. Cerca de mil pessoas ficaram sem abastecimento de gás natural.

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      Redacção do Ponto Final Macau