A deputada, através de uma interpelação escrita, pediu às autoridades para reforçarem os trabalhos de controlo fronteiriço para combater a imigração ilegal. “O problema dos imigrantes ilegais não é raro, e alguns deles estão envolvidos noutros crimes, que têm um impacto na lei e na ordem de Macau”, aponta Ella Lei, alertando que o campus da Universidade de Macau (UM) em Hengqin pode transformar-se num “ponto negro”.
Ella Lei quer ver mais esforços das autoridades na prevenção da imigração ilegal. Numa interpelação escrita enviada ontem ao Governo, a deputada diz mesmo que o campus da Universidade de Macau (UM) poderá vir a tornar-se num “ponto negro” no que toca à entrada de imigrantes ilegais no território.
“O problema dos imigrantes ilegais não é raro, e alguns deles estão envolvidos noutros crimes, que têm um impacto na lei e na ordem de Macau. A comunidade espera que as autoridades intensifiquem os seus esforços na luta contra a imigração ilegal”, lê-se na interpelação reencaminhada às redacções.
A deputada ligada à Federação das Associações dos Operários de Macau (FAOM) lembra que “o campus de Hengqin da UM está a apenas uma muralha do continente”, podendo então tornar-se numa porta de entrada para os imigrantes ilegais na região.
Ella Lei recorda também que as autoridades do Governo têm indicado que vão reforçar os esforços no combate à imigração ilegal “intensificando as inspecções, reforçando os muros do campus, instalando detectores de infravermelhos e câmaras de vigilância, etc.”. No entanto, segundo a parlamentar, “os casos relevantes de contrabando continuaram a ocorrer nos últimos anos”. Assim, a deputada eleita pela via directa pergunta ao Governo “quais as medidas específicas para aumentar a eficácia das medidas, de modo a impedir o contrabando”.
A deputada diz que “os imigrantes clandestinos estão frequentemente envolvidos noutros tipos de crimes e representam uma certa ameaça para a ordem pública” e que “os residentes estão muito preocupados com a eficácia dos esforços das autoridades no combate à imigração ilegal”. Por isso, Ella Lei interroga as autoridades sobre quais os métodos para rever e melhorar o trabalho de fiscalização nas fronteiras: “O que será feito no futuro para reforçar o trabalho especialmente sobre os pontos negros do contrabando?”.
Por fim, e uma vez que os Serviços de Alfândega garantiram que estão a investir em tecnologia inteligente para fiscalizar as fronteiras, Ella Lei questiona quais os resultados destes métodos.
Recorde-se que na semana passada a Polícia Judiciária (PJ) informou que deteve um taxista local e um homem do interior da China por suspeitas de auxílio a um homem que fugiu de Macau para a China continental através do campus da UM. O indivíduo que fugiu de Macau estava acusado de furto qualificado e de rede criminosa, estando a aguardar julgamento. O arguido acabou depois por ser detido no interior da China.
PONTO FINAL