Há um mês, a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) indicou que há menos 28 mil trabalhadores não residentes (TNR) em Macau desde o início da pandemia. O PONTO FINAL questionou quantos desses postos de trabalho deixados livres pela saída de TNR foram ocupados por trabalhadores locais, no entanto, a DSAL não respondeu.
Há um mês, a Direcção dos Serviços para os Assuntos Laborais (DSAL) informou que, desde o início da pandemia, abandonaram Macau mais de 28 mil trabalhadores não residentes (TNR). Na altura, o Governo indicou que a maior parte dos não residentes que saíram de Macau estavam no sector da hotelaria e restauração, de onde saíram 12.641 profissionais não residentes. O PONTO FINAL quis saber quantos destes postos de trabalho foram preenchidos por trabalhadores locais, no entanto não obteve resposta por parte da DSAL, que também não esclareceu se tem esta informação.
A DSAL reiterou apenas que o princípio basilar da política do Governo é “assegurar que seja dada prioridade aos trabalhadores locais no emprego e que os seus direitos laborais não sejam comprometidos”. A DSAL disse também que vai continuar a regular o número de trabalhadores não residentes e analisar informações dos candidatos a emprego para identificar as profissões e tipos de trabalho que mais candidatos locais gostariam de ter.
Na resposta, a DSAL assinala também que, se houver trabalhadores locais adequados a preencher as vagas em empresas que procurem importar trabalhadores do exterior, a candidatura dessas empresas para receberem TNR não serão aprovadas. Em alternativa, as empresas serão obrigadas a despedir TNR “para promover ainda mais o emprego prioritário dos empregados locais”.
A DSAL indicou também que ajudou, desde 2020 e até ao primeiro trimestre de 2022, 8.255 residentes a obter emprego através de diversas medidas de emparelhamento e apoio. Destes, 38% foi para o sector da construção, nomeadamente para trabalhos de cofragem, carpintaria e de servente; 24% para a hotelaria e restauração, para tarefas como empregados de mesa e bar, recepcionista de hotel e ajudante de cozinha; 14% para o sector da segurança e limpeza, nomeadamente para seguranças, empregados de limpeza e porteiros de prédio; e 9% do total para o comércio por grosso e a retalho, nomeadamente para empregados de loja, caixas e operadores de mercadoria.
Recorde-se também que a taxa de desemprego dos residentes locais está nos 4,5%, segundo indicou a Direcção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC) nas estatísticas relativas ao primeiro trimestre deste ano. Esta taxa revela uma subida de 0,2 pontos percentuais face ao trimestre anterior. Já a taxa de desemprego geral de Macau foi de 3,5% no primeiro trimestre deste ano.
PONTO FINAL