O Chefe do Executivo defendeu ontem que as fontes de turistas devem ser mais diversificadas para o sector não estar dependente quase exclusivamente do mercado do interior da China. “Durante a pandemia o sector do turismo foi bastante afectado”, notou Ho Iat Seng na sessão de ontem.
“Temos uma nova questão a ponderar: como é que conseguimos explorar novos mercados? É um tempo crucial para fazer isso”, assinalou o líder do Governo, recordando que antes da transição de soberania, Macau recebia maioritariamente turistas vindos de mercados como o Japão, Tailândia e Índia, por exemplo. “Porque é que não conseguimos dar continuidade a esse fenómeno? Esse é o rumo. Não devemos depender só do interior da China, mas explorar novos mercados. Isso é que Macau precisa”, reforçou, acrescentando que é necessária formação ao nível linguístico para receber visitantes de outros sítios. “Espero que haja mais esforços para criar cursos específicos em determinadas vertentes”, disse. “Não podemos ser um centro de turismo e lazer só para o interior da China”, sublinhou.
Porém, o Chefe do Executivo também disse esperar que o interior da China retome a emissão de vistos individuais para turistas. “Temos de pedir ao Governo Central”, explicou. Segundo o governante, a quebra do número de turistas tem causado “grandes dificuldades” à RAEM. “Esperamos que a situação melhore. Temos de reconhecer que o impacto tem vindo a ser enorme”, disse. Recorde-se que, em 2019, Macau chegou a receber mais de 39 milhões de visitantes. Em 2021, não chegou a oito milhões de visitantes.
“Temos de aguardar pelo termo desta ronda de surtos epidémicos no interior da China. Passado isto, creio que reunimos condições para voltar à normalidade e termos situação estabilizada”, anteviu.
A.V.