O director-geral do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE) timorense destacou ontem o grande interesse que as presidenciais do país estão a gerar com mais de duas dezenas de organizações e entidades registadas como observadores.
“O objectivo é garantir a credibilidade do processo eleitoral e isso inclui permitir e facilitar que organizações nacionais e internacionais façam o acompanhamento de todo o processo. Isto vem a acontecer há várias eleições e continua agora”, referiu Acilino Manuel Branco, num encontro informativo com observadores e jornalistas. “Já praticamente concluímos os preparativos para as eleições, incluindo a impressão dos boletins de voto, para começarmos a distribuir o material sensível para todo o território nacional bem como para a diáspora”, disse.
Tuya Altarangel, responsável do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), destacou o apoio da organização a várias facetas dos preparativos, incluindo educação de eleitores e a preparação do processo no contexto da pandemia da covid-19.
A responsável destacou a natureza “altamente competitiva” das presidenciais, com 16 candidatos, o elevado número de novos eleitores, cerca de 75 mil, de uma “geração que nasceu e viveu em paz”, já depois do fim da ocupação indonésia do país. “Espero que todos os eleitores possam participar livremente e que haja uma elevada participação no voto”, disse.
Também o coordenador residente das Nações Unidas, Roy Trivedy, sublinhou o papel importante tanto de observadores como de jornalistas para “ajudar a promover eleições livres, seguras, justas e em paz”. “Um envolvimento cívico activo é muito importante, e por isso encorajamos em particular a importante participação de mulheres e jovens”, disse Trivedy, destacando a tradição de “boa organização eleitoral” em Timor-Leste.
Na mesma ocasião, o ministro da administração Estatal, Miguel Pereira de Carvalho, sublinhou o trabalho “apreciado” dos órgãos eleitorais, considerando que “a colaboração entre as instituições é fundamental para o sucesso do trabalho, promovendo a transparência de todo o processo eleitoral”. Carvalho referiu o contributo de observadores para “ajudar a credibilizar e a garantir a transparência de todo o processo” e da cobertura jornalística que ajuda eleitores a conhecer as alternativas dos candidatos.