Numa interpelação escrita ao Governo da RAEM, o deputado da UGAMM destaca a importância da inteligência artificial. O parlamentar exorta mesmo o Executivo a “desenvolver a educação com recurso à inteligência artificial e em promover e generalizar os respectivos conhecimentos e tecnologia da inteligência artificial”.
O deputado da Assembleia Legislativa (AL) Ho Ion Sang gostaria que o Executivo liderado por Ho Iat Seng apostasse mais na inteligência artificial, mas “pouco ou nada” tem sido feito no território em pleno século XXI. “Numa resposta, em Janeiro deste ano, a uma interpelação oral minha, as autoridades afirmaram que iam continuar a promover a escola inteligente e a educação inteligente, e que na próxima fase iam avançar com a educação baseada na inteligência artificial. Mas, afinal, qual é, em concreto, o plano das autoridades para implementar a educação baseada na inteligência artificial”, questiona o parlamentar funcionário bancário.
Há anos, refere Ho Ion Sang, Macau apresentou a construção de uma cidade inteligente, no entanto, “a utilização da inteligência artificial continua a ser fraca”. “Os Jogos Olímpicos de Inverno em Pequim merecem a reflexão do Governo e até de toda a sociedade de Macau, sobretudo no sentido de se encontrar uma solução que permita uma plena combinação entre a indústria e a universidade e o aumento da presença da inteligência artificial em mais cenários do dia-a-dia, assim como de reforçar a combinação entre a inteligência artificial e os serviços comunitários e a governação da sociedade, com vista a fornecer soluções melhores e mais inteligentes para a futura vida urbana”, refere o também vice-presidente da União Geral das Associações dos Moradores de Macau (UGAMM), acrescentando que “as pessoas ficaram impressionadas com a presença da inteligência artificial em diversos aspectos, tais como repórteres para a língua gestual, árbitros, previsão do tempo, restaurantes automáticos, espelhando o aumento da capacidade do país ao nível das tecnologias em geral”.
Segundo o Planeamento de Desenvolvimento da nova geração da Inteligência Artificial, divulgado pelo Conselho de Estado em 2017, no ensino primário e secundário do interior da China vão ser leccionadas disciplinas respeitantes à inteligência artificial, relembrou Ho Ion Sang. “Macau vai tomar como referência a prática das autoridades do interior da China, no sentido de incluir a inteligência artificial nos planos curriculares do ensino primário e secundário”, lança o repto, questionando o Executivo “em que moldes”.
O deputado eleito por sufrágio indirecto considera que há muito a fazer na promoção do desenvolvimento tecnológico em Macau, com principal enfoque no sector da educação. “Há que pensar em desenvolver a educação com recurso à inteligência artificial e em promover e generalizar os respectivos conhecimentos e tecnologia da inteligência artificial, no sentido de formar talentos locais adolescentes na área da informática e de aumentar os conhecimentos tecnológicos dos adolescentes”, admite.
Ho Ion Sang afirma ainda que as tecnologias emergentes estão a passar da fase de concepção para a fase de aplicação, “e há cada vez mais sectores tradicionais a começar a explorar e a avançar com inovações”. “Contudo, a aplicação da inteligência artificial não é muito vulgar nos serviços comunitários de Macau”, aponta o também membro do Comité Nacional da 13.ª Conferência Consultiva Política do Povo Chinês.
PONTO FINAL