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      InícioRegiãoDois tripulantes da Cathay detidos por violação das regras sanitárias

      Dois tripulantes da Cathay detidos por violação das regras sanitárias

      A polícia de Hong Kong deteve e acusou dois membros da tripulação da companhia aérea Cathay Pacific por violarem os regulamentos sanitários depois de uma investigação ter relacionado a violação da quarentena ao aparecimento da variante Ómicron no território. À semelhança da China, Hong Kong aplica uma estratégia rígida de combate à covid-19, que manteve os contágios muito baixos, mas praticamente isolou esse centro financeiro internacional do resto do mundo nos últimos dois anos.

      Um recente surto de Ómicron, que a polícia alega ter sido desencadeado por membros de uma tripulação da Cathay que violaram o período de quarentena obrigatório, levou as autoridades a apertar fortemente as restrições já muito restritivas – incluindo o encerramento de creches e escolas primárias.

      Segundo a polícia, os membros da tripulação “participaram em atividades desnecessárias” em 25 e 27 de Dezembro, quando deveriam estar em quarentena em casa depois de regressarem a Hong Kong, lê-se num comunicado “Os dois posteriormente testaram positivo para a variante Ómicron do Covid-19 e puderam deixar o hospital após o término do tratamento”, ainda segundo o comunicado da polícia. Os dois tripulantes, entretanto demitidos da empresa e libertados sob fiança, arriscam até seis meses de prisão e uma multa 640 dólares, têm julgamento marcado para Fevereiro.

      Este incidente complica ainda mais a situação já precária da Cathay Pacific, duramente atingida pelas consequências da pandemia, pois as restrições nas fronteiras reduziram a quase zero as viagens para uma cidade que já foi um importante centro de transporte e logística. As autoridades estão a investigar se a companhia aérea cumpriu os regulamentos em vigor, disse a presidente da Região Administrativa Especial de Hong Kong, Carrie Lam, em 11 de Janeiro, ameaçando com uma acção legal.

      O presidente do conselho de administração da Cathay, Patrick Healy, defendeu a empresa, enfatizando que a “pequena minoria” de transgressores não deve condicionar os esforços de outros. Em 2021, as tripulações da empresa passaram mais de 62.000 noites em hotéis de quarentena. Ao contrário de outras companhias aéreas, a Cathay Pacific não tem um mercado doméstico para se apoiar. Um recente aperto nas regras de quarentena forçou-a a reduzir os voos de carga – o único sector em que ainda ganha dinheiro.

      Ponto Final
      Ponto Finalhttps://pontofinal-macau.com
      Redacção do Ponto Final Macau