Um aluno do ensino secundário terá sido responsável por um acidente de viação enquanto conduzia um carro na Taipa, fazendo com que o veículo tivesse capotado na rua. No entanto, o jovem acabou por fugir do local por não ter carta de condução, tendo a sua mãe alegado ser a condutora para o ajudar. A polícia deteve os dois depois de constatar que as suas declarações eram falsas.
O Corpo de Polícia de Segurança Pública (CPSP) deteve dois residentes por suspeitas de terem cometido os crimes de fuga à responsabilidade e favorecimento pessoal num acidente rodoviário. Os dois detidos incluem uma mulher de 50 anos, que trabalha num casino, e o seu filho de 18 anos, aluno do ensino secundário.
O acidente rodoviário ocorreu no dia 13 deste mês, por volta das 16h, e fez com que um automóvel ligeiro tivesse capotado na intersecção da Rua dos Açores e da Rua do Porto, na Taipa. De acordo com o porta-voz do CPSP, após a chegada de agentes policiais ao local, o condutor já não estava presente. No entanto, um transeunte relatou à polícia que tinha testemunhado um homem a rastejar para fora da viatura após o acidente.
Mais tarde, uma mulher contactou as autoridades policiais e alegou ser a condutora do carro, mas os agentes constataram que a mulher não tinha conhecimento de informações detalhadas sobre o caso, como o itinerário de condução e a causa do acidente. No mesmo dia, o jovem descolou-se à esquadra da polícia a acompanhar a mãe, negando que tenha conduzido o carro.
Dado que as declarações dos dois não correspondiam à informação do testemunho, o CPSP procedeu a interrogatórios mais profundados. O filho admitiu posteriormente que tinha conduzido o carro mesmo sem carta, confessando que a mãe tinha deixado o carro para ele o tentar vender, mas que decidiu ir dar uma volta. Durante a condução não conseguiu controlar a velocidade do carro e acabou por capotar, tendo ainda batido em algumas barreiras à beira da estrada.
A mãe disse que tinha recebido a chamada do filho depois do acidente e sabia que ele tinha ficado com medo por não ter carta de condução, tendo decidido prestar as declarações falsas às autoridades afirmando que tinha conduzido a viatura “por sentir-se preocupada”, segundo divulgou o CPSP.
O caso foi encaminhado para o Ministério Público, podendo a mulher enfrentar a acusação de favorecimento pessoal, fuga à responsabilidade e condução por pessoa não habilitada para o jovem estudante.
Burla com vacinas
Na mesma conferência das autoridades foi dado a conhecer que a Polícia Judiciária recebeu mais uma denúncia sobre um esquema de burla telefónica. Neste caso, uma residente de 30 anos queixou-se às autoridades que tinha sido alvo de burla via telefone por alegadas “autoridades policiais do interior da China”, tendo perdido 801 mil patacas.
Segundo a denúncia, a vítima recebeu uma chamada em Novembro do ano passado de um indivíduo que se apresentou como funcionário de uma empresa de logística, informando da chegada de uma encomenda do Continente de uma compra online de vacinas da BioNTech. Como a residente negou ter adquirido as vacinas, o indivíduo alertou-a que os seus dados pessoais teriam sido utilizados ilegalmente por alguém.
Na videochamada seguinte, um outro homem que alegou ser agente policial acusou a mulher de estar envolvida num caso criminal no Continente.
Como o indivíduo estava vestido com a farda de polícia, a queixosa acreditou e forneceu os seus números dos documentos de identificação, bem como o número da conta bancária e a respectiva palavra-passe “a fim de comprovar a inocência”. Após o pagamento de 801 mil patacas, a mulher suspeitou mais tarde que teria sido burlada e decidiu denunciar o caso à polícia.
PONTO FINAL